quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Reunião Comitê de Solidariedade com o Povo do Haiti dia 01 de março de 2010

ESTAMOS CONVOCANDO O COMITE DE SOLIDARIEDADE DO HAITI NO RIO PARA UMA REUNIÃO NO SINDIPETRO-RJ AS 18:00

INFORMES DA REUNIÃO DE SÃO PAULO DO COMITE NACIONAL (23/2)

E CONTINUAÇÃO DA CAMPANHA FINANCEIRA E ATIVIDADES POLITICAS (DEBATES E ATOS QUE FORTALEÇAM A CAMPANHA DE APOIO AOS HAITIANOS)


COMPAREÇAM,
SAUDAÇÕES,

JULINHO- CONLUTAS-RIO E SANDRA QUINTELA - JUBILEU SUL

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Imagens da delegação da Conlutas ao Haiti

http://www.youtube.com/watch?v=Bu8FtUXPnV8

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vídeo Show Caetano e Gil em São Paulo 1993 cantam Haiti

http://www.youtube.com/watch?v=M2mqbCNAugk



logo abaixo a letra da música

Letra da Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Haiti


Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão

Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba

Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sobre o 8 de março

Camaradas,



Em 2010, o "8 de Março" está completando 100 anos. Porém, apesar de muitas lutas, ainda há muito a conquistar.

Já no início de 2010 há fatos os quais não podemos nos conformar como o caso da cabelereira em São Paulo assassinada pelo ex-marido. Que é apenas um caso de muitos de violência contra a mulher no Brasil.

Tem também a questão da licença maternidade de seis meses, que além de não ser uma conquista para todas as trabalhadoras, já que tem que ser negociada com a empresa, mediante incentivo fiscal para as empresas que concederem o benefício. Esta medida do governo também não garante estabilidade.

Além disso, as trabalhadoras quando voltam da licença maternidade não tem com quem deixar seus filhos para retornar ao trabalho, já que no Brasil temos um enorme déficit de creches públicas.

Além disso, preocupado com a reação da igreja católica, Lula considerou um erro a inclusão no programa nacional de direitos humanos a questão da discriminalização do aborto. O que nos mostra mais uma vez o carater desse governo.

É por isso que convocamos todas a construção de um "8 de Março" combativo! Pois há pouco a comemorar e muito a conquistar!


Reunião Geral de Organização do 8 de Março:

Ontem (18/02) ocorreu na Conlutas a reunião de todos os setores que prepararam o 8 de março do ano passado. Nesta reunião, conseguimos fechar que o 8 de Março será um dia de luta com passeata ao final da tarde, mesmo incorporando atividades durante todo o dia. Isso é muito importante, tendo em vista que o Governo Lula estará aqui com a representante da Secretaria de Mulheres para uma "prestação de contas".


É muito importante que a Conlutas esteja na passeata com sua coluna de lutadoras e lutadores, faixas e cartazes. Para tal, estamos confirmando nossa reunião dia 23/02, às 18 horas, em nossa sede.

Aproveitamos para informar que prentendemos fazer uma reunião mais ampla, com setores dos movimentos sociais, sindicais e estudantis que não tenham ligação com governo, neste mesmo dia, após a nossa.

Enviem suas representações, contamos com vocês!


REUNIÃO da CONLUTAS

DIA 23/02 - TERÇA-FEIRA

18 HORAS

SEDE DA CONLUTAS RJ

(Rua Teotônio Regadas, 26, 602 - Lapa)



Pauta:



- 8 de março

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ao povo do Haiti

fonte:http://www.fsm.com.br/web/portal/images/stories/banner_haiti.jpg

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Vídeo solidariedade com o povo haitiano

http://www.youtube.com/watch?v=3ao5f9wrxXk

Organização haitiana Batay Ouvriye: chamado à solidariedade

Nota do Batay Ouvriye:


Chamado à solidariedade ante ao fatal terremoto que sacudiu Porto Príncipe, Haiti, em 12 de janeiro de 2010

• O terremoto de 12 de janeiro que abalou Porto Príncipe feriu profundamente a nós, o povo haitiano.


Além dos edifícios públicos, os bairros populares foram os mais destruídos. Não é surpreendente, são os mais fragéis, os mais instáveis: o Estado nunca nos propiciou nenhum serviço, nenhuma consolidação, nenhuma atenção. Ao contrário, sempre querem nos expulsar, deslocar, desta forma não temos nem tempo nem capacidade para consolidar nossa situação tão precária.

Enquanto alguns capitalistas tratam de forçar os operários a voltarem ao trabalho em fábricas ainda danificadas, enquanto os donos dos grandes comércios se opõem em distribuir suas mercadorias e as vendem a alto preço, enquanto o Estado mostra e demonstra novamente, como sempre, sua ausência, sua incapacidade e incompetência (a única coisa que sabem fazer é roubar e manobrar, apoiando os proprietários, os burgueses e outras multinacionais); enquanto a polícia nacional brilha por sua ausência (a única coisa que sabem fazer é reprimir o povo); enquanto as forças imperialistas estão claramente aproveitando-se da ajuda que dão para estabelecer uma evidente e, em sua intenção, definitiva tutela... operários, trabalhadores de todo tipo, massas populares em geral sofrem, extremamente dependentes, nesta situação catastrófica.

Alguns órgãos de imprensa têm estimulado o desenvolvimento de aspectos progressivos ao permitirem, por suas emissoras, o mínimo de coordenação no terreno, vários comitês populares estão trabalhando sem descanso para fazer todo o possível, mas: não há meios, não há capacidade de intervenção! Na verdade, este terremoto, além de ter nos massacrado, física e moralmente, supera em muito nossas capacidades populares de intervenção.

No Batay Ouvriye (Batalha Operária), apesar de seus quadros estarem em sua maioria vivos, muitos perderam familiares, casas, os escassos bens... muitos estão feridos, estropiados, enquanto temos que enterrar nossos mortos, sobreviver enquanto já é quase impossível.

Na medida do possível, recusamos passar pelas vias oficiais e governamentais de subministros. No entanto, a situação chega a ser impossível de se sustentar! Por isso, hoje, lançamos um CHAMADO DE SOLIDARIEDADE a todos os operários, todos os trabalhadores, todos os progressistas conseqüentes em todo o mundo para ajudar-nos a sair desta tão catastrófica situação.

De acordo com um inventário feito até agora, estas são as nossas necessidades:

Casas destruídas: US$ 50,000.00

Perda de bens: US$20,000.00

Feridos: US$10,000.00

Para sobreviver hoje: US$30,000.00

Gastos com mortos: US$10,000.00

Total US$120,000.00

A este total se deve acrescentar cerca de 40% devido à inflação galopante e que até agora não se sabe pra onde vai. Com isso, o total fica em aproximadamente US$170.000,00.

Depois da última grande mobilização em torno do salário mínimo, desenvolvemos vários contatos novos de camaradas operários valentes e coerentes. Vivem em bairros distantes, às vezes longes um do outro. Temos também que chegar a eles com nossa solidariedade ativa. Isso aumentará substancialmente os gastos. Por outro lado, nas zonas onde vivem os nossos militantes, algumas ações comunitárias de solidariedade popular têm ocorrido. Temos que nos envolver mais nelas para atrair aí nossas energias organizativas e, com isso, as orientações necessárias. Assim que seja possível (e, justamente, tendo à mão certa capacidade de intervenção mais concreta) oferecer novas iniciativas que serão em si (e no possível) resistência às formas de reconstrução que as classes dominantes se propõem realizar. Isso também vai requerer dinheiro. Considerando esses distintos tipos de ações e solidariedade, podemos dizer que o que necessitamos agora mesmo é, como total mesmo, uma soma de US$ 300.000,00.

Isso é o que nos permitirá sobreviver por agora, ajudar outros trabalhadores combatentes e conscientes a resolverem alguma coisa de sua vida concreta, e construir uma direção política na luta de classes que segue por cima dos escombros. Este último aspecto deve se desenvolver, se possível, rapidamente para conseguirmos reunir um máximo de força possível contra a um outro tipo de catástrofe que nos espera: a que os imperialistas, as classes dominantes e seu Estado reacionário estão nos preparando.

Agradecemos antecipadamente todos aqueles que se propõem em contribuir. O momento pede esta SOLIDARIEDADE internacional de classe. Se possível, ela, então, ajudará a aproximar, ainda mais ou inicialmente, avançando em nossa luta comum.

Para quem pensa mandar essa ajuda em espécie (medicamentos, água, comida, roupa, camas, cadeiras... ) o endereço de nossa sede em Porto Príncipe é: Batay Ouvrie, Delmas 16, #13 bis.

Para quem preferem mandar dinheiro, nossa conta bancária é:

Banco: City National Bank de Nova Jersey

Endereço: 900 Broad Street, Newark, NJ 07102

Número ABA: 0212-0163-9 Cidade de Newark, NJ


Para o crédito de:
Número da Conta: 01 000 98 45
Nome da Conta: Batay Ouvriye
Conta Endereço: Avenida João Paulo II, # 7

Naturalmente, deixaremos público a todos e cada um, a soma de dinheiro que recebermos em cada momento, e igualmente quanto custará cada atividade ou ação empenhada.

Batay Ouvriye
Porto Príncipe, 20 de janeiro de 2010

Nota do Batay Ouvriye: chamado à solidariedade


Chamado à solidariedade ante ao fatal terremoto que sacudiu Porto Príncipe, Haiti, em 12 de janeiro de 2010





Batay Ouvriye







• O terremoto de 12 de janeiro que abalou Porto Príncipe feriu profundamente a nós, o povo haitiano.



Além dos edifícios públicos, os bairros populares foram os mais destruídos. Não é surpreendente, são os mais fragéis, os mais instáveis: o Estado nunca nos propiciou nenhum serviço, nenhuma consolidação, nenhuma atenção. Ao contrário, sempre querem nos expulsar, deslocar, desta forma não temos nem tempo nem capacidade para consolidar nossa situação tão precária.



Enquanto alguns capitalistas tratam de forçar os operários a voltarem ao trabalho em fábricas ainda danificadas, enquanto os donos dos grandes comércios se opõem em distribuir suas mercadorias e as vendem a alto preço, enquanto o Estado mostra e demonstra novamente, como sempre, sua ausência, sua incapacidade e incompetência (a única coisa que sabem fazer é roubar e manobrar, apoiando os proprietários, os burgueses e outras multinacionais); enquanto a polícia nacional brilha por sua ausência (a única coisa que sabem fazer é reprimir o povo); enquanto as forças imperialistas estão claramente aproveitando-se da ajuda que dão para estabelecer uma evidente e, em sua intenção, definitiva tutela... operários, trabalhadores de todo tipo, massas populares em geral sofrem, extremamente dependentes, nesta situação catastrófica.



Alguns órgãos de imprensa têm estimulado o desenvolvimento de aspectos progressivos ao permitirem, por suas emissoras, o mínimo de coordenação no terreno, vários comitês populares estão trabalhando sem descanso para fazer todo o possível, mas: não há meios, não há capacidade de intervenção! Na verdade, este terremoto, além de ter nos massacrado, física e moralmente, supera em muito nossas capacidades populares de intervenção.



No Batay Ouvriye (Batalha Operária), apesar de seus quadros estarem em sua maioria vivos, muitos perderam familiares, casas, os escassos bens... muitos estão feridos, estropiados, enquanto temos que enterrar nossos mortos, sobreviver enquanto já é quase impossível.



Na medida do possível, recusamos passar pelas vias oficiais e governamentais de subministros. No entanto, a situação chega a ser impossível de se sustentar! Por isso, hoje, lançamos um CHAMADO DE SOLIDARIEDADE a todos os operários, todos os trabalhadores, todos os progressistas conseqüentes em todo o mundo para ajudar-nos a sair desta tão catastrófica situação.



De acordo com um inventário feito até agora, estas são as nossas necessidades:



Casas destruídas: US$ 50,000.00

Perda de bens: US$20,000.00

Feridos: US$10,000.00

Para sobreviver hoje: US$30,000.00

Gastos com mortos: US$10,000.00



Total US$120,000.00



A este total se deve acrescentar cerca de 40% devido à inflação galopante e que até agora não se sabe pra onde vai. Com isso, o total fica em aproximadamente US$170.000,00.



Depois da última grande mobilização em torno do salário mínimo, desenvolvemos vários contatos novos de camaradas operários valentes e coerentes. Vivem em bairros distantes, às vezes longes um do outro. Temos também que chegar a eles com nossa solidariedade ativa. Isso aumentará substancialmente os gastos. Por outro lado, nas zonas onde vivem os nossos militantes, algumas ações comunitárias de solidariedade popular têm ocorrido. Temos que nos envolver mais nelas para atrair aí nossas energias organizativas e, com isso, as orientações necessárias. Assim que seja possível (e, justamente, tendo à mão certa capacidade de intervenção mais concreta) oferecer novas iniciativas que serão em si (e no possível) resistência às formas de reconstrução que as classes dominantes se propõem realizar. Isso também vai requerer dinheiro. Considerando esses distintos tipos de ações e solidariedade, podemos dizer que o que necessitamos agora mesmo é, como total mesmo, uma soma de US$ 300.000,00.



Isso é o que nos permitirá sobreviver por agora, ajudar outros trabalhadores combatentes e conscientes a resolverem alguma coisa de sua vida concreta, e construir uma direção política na luta de classes que segue por cima dos escombros. Este último aspecto deve se desenvolver, se possível, rapidamente para conseguirmos reunir um máximo de força possível contra a um outro tipo de catástrofe que nos espera: a que os imperialistas, as classes dominantes e seu Estado reacionário estão nos preparando.



Agradecemos antecipadamente todos aqueles que se propõem em contribuir. O momento pede esta SOLIDARIEDADE internacional de classe. Se possível, ela, então, ajudará a aproximar, ainda mais ou inicialmente, avançando em nossa luta comum.



Para quem pensa mandar essa ajuda em espécie (medicamentos, água, comida, roupa, camas, cadeiras... ) o endereço de nossa sede em Porto Príncipe é: Batay Ouvrie, Delmas 16, #13 bis.



Para quem preferem mandar dinheiro, nossa conta bancária é:



Banco: City National Bank de Nova Jersey

Endereço: 900 Broad Street, Newark, NJ 07102

Número ABA: 0212-0163-9 Cidade de Newark, NJ

Para o crédito de:

Número da Conta: 01 000 98 45

Nome da Conta: Batay Ouvriye

Conta Endereço: Avenida João Paulo II, # 7





Naturalmente, deixaremos público a todos e cada um, a soma de dinheiro que recebermos em cada momento, e igualmente quanto custará cada atividade ou ação empenhada.





Batay Ouvriye



Porto Príncipe, 20 de janeiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Argentinos marcham em rechaço à presença de tropas estrangeiras no Haiti


Presentes no país caribenho desde 2004, sob comando do Brasil, os soldados que formam parte da suposta ‘missão de estabilização’ da ONU seguem sendo alvo de protestos. Após o terremoto, a ingerência estadunidense intensificou-se no Haiti e, em todo o mundo, são muitas as ações que pedem sua retirada imediata. Amanhã (05), às 18h, em Buenos Aires, Argentina, acontece uma marcha de solidariedade aos haitianos e às haitianas desde a Praça Itália até a Embaixada dos Estados Unidos.

A atividade é convocada pela Convergência de Esquerda, Frente Obreira e Socialista, Esquerda Socialista, Movimento Socialista dos Trabalhadores, Novo MAS, Partido Obreiro, Partido Comunista dos Trabalhadores e Partido dos Trabalhadores Socialistas.

Ademais de rechaçar a ocupação militar estrangeira no país e expressar solidariedade com povo haitiano, a marcha tem o objetivo de pedir a anulação imediata da dívida externa e a desocupação das tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com informações divulgadas por agências de notícias, a Minustah tem mais de 12 mil efetivos de diversos países no país caribenho. Somente Estados Unidos têm mais de 13 mil militares no local e controla o aeroporto internacional de Porto Príncipe.

No entanto, a presença de tropas estrangeiras não é exclusividade do Haiti. Ainda há bases militares estadunidenses em outros países caribenhos e latino-americanos, como em Cuba, Panamá, Porto Rico, Honduras e Colômbia.

Ademais, França também contribui para a militarização da região. Segundo agências de notícias, o país tem bases aéreas, navais e terrestres em Guiana Francesa, Martinica e Guadalupe. Na região caribenha, há pelo menos 8.000 efetivos do país europeu.

Fonte: Adital

Campanha de solidariedade com o Povo do Haiti

ENTREVISTA AL COMPAÑERO JEAN PIERRE RICOT - para el reporte de la Minga Informativa de Movimientos Sociales.

- Además encontrarán más noticias de movimientos de toda la región-
Puedes escuchar el programa en línea o descargarlo http://radioteca.net/result.php/13030094

COBERTURA ESPECIAL EN HAITI – AGENCIA PULSAR

Encontrará informes, noticias, testimonios y fotos de esta cobertura.

La Agencia Púlsar realiza una cobertura especial sobre la situación en el país caribeño junto a la Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica (ALER) y a la Unión Dominicana de Emisoras Católicas (UDECA).

Además, AMARC Internacional lanzó un llamado a las radios comunitarias del mundo para redoblar su solidaridad con el pueblo haitiano.

En ese marco, AMARC Internacional realiza una misión para colaborar con la reconstrucción de las radios comunitarias afectadas por el terremoto del 12 de enero pasado.

http://www.agenciapulsar.org/ - pulsar@agenciapulsar.org

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Haiti. Comunicado das organizações populares: As perspectivas após a catástrofe

“Honra e respeito à população de Porto Príncipe! Foi a extraordinária solidariedade manifestada pela população da região metropolitana que durante os três primeiros dias depois do terremoto respondeu com a auto-organização construindo 450 campos de refugiados que contribuíram para salvar milhares de pessoas graças ao fato de partilharem de forma comunitária todos os recursos disponíveis (alimentos, água, roupas)”.


O relato é do comunicado redigido por uma série de organizações populares do Haiti acerca da catástrofe que atingiu o país. As organizações declaram também sua “indignação frente à utilização da crise haitiana para justificar uma nova invasão de 20 mil marines norte americana (...) não aceitamos que o nosso país seja transformado em uma base militar”, afirmam elas.


A tradução é do Cepat.- curitiba, Parana


Eis o comunicado.

A todos os nossos aliados:

No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto de enorme violência atingiu nosso país com consequências dramáticas para as populações de vários municípios dos Departamentos do Oeste, do Sudeste e do conjunto do país. Este terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter e as perdas irreparáveis que provocaram enlutaram nosso país deixando dores insuportáveis. Este drama que nos afeta hoje é sem dúvida alguma um dos mais graves de nossa história e a causa de um traumatismo profundo que marcará o século XXI haitiano.

Os balanços parciais até aqui tentam medianamente expressar uma realidade espantosa e indizível: o horror que vivemos juntos durante estes 35 segundos intermináveis que, em 12 de janeiro, deixou um pesado tributo de dores e de lágrimas. Mais de 150 mil mortos, 500 mil feridos, mais de um milhão sem teto, dezenas de milhares de amputados, mais de 300 mil pessoas refugiadas, mais de três milhões de seres devastados que, em um minuto, viram transformar para sempre suas vidas, suas famílias e suas sociedades. Uma sociedade inteira traumatizada que vive no medo permanente de um possível novo terremoto.


Todas nossas organizações foram profundamente sacudidas por este acontecimento. Perdemos familiares, companheiros de trabalho, crianças, jovens, profissionais cheios de promessas, de sonhos e de capacidades, edifícios, equipes, ferramentas de trabalho e uma documentação imensa baseada em mais de 30 anos de experiências coletivas com as organizações e as comunidades de base. As perdas são imensas e irreparáveis.

É indispensável apesar da dor que todos e todas sentimos refletir sobre o que acaba de acontecer e tirar dessa experiência trágica as lições e as orientações que nos permitam continuar com o nosso incansável trabalho de construção de outro país capaz de vencer o ciclo de desgraça e dependência e de se colocar à altura dos sonhos de emancipação universal de seus fundadores e de todo o povo haitiano.

O tamanho do desastre está vinculado sem duvida alguma a natureza do Estado em nosso país, uma herança histórica colonial e neocolonial e a implementação das políticas neoliberais ao longo das últimas três décadas. A hipercentralização ao redor da ‘República do Porto Príncipe’ definida pela ocupação norte-americana de 1915 é sem dúvida um dos fatores determinantes. Em particular, a liberalização completa do mercado dos bens imobiliários abriu um espaço de especulação desenfreada aos aproveitadores de todo tipo.


comove-nos profundamente a extraordinária solidariedade manifestada pela população da região metropolitana que durante os três primeiros dias depois do terremoto respondeu com a auto-organização construindo 450 campos de refugiados que contribuíram para salvar milhares de pessoas graças ao fato que partilharam de forma comunitária todos os recursos disponíveis (alimentos, água, roupas). Honra e respeito à população de Porto Príncipe! Estes mecanismos espontâneos de solidariedade devem desempenhar um papel essencial no processo de reconstrução e de re-conceitualização do espaço nacional.


Enviamos esta carta a nossos colaboradores das diversas redes nacionais e internacionais, das quais fazemos parte, com o objetivo de informar sobre os passos que temos dado e sobre nossos objetivos a curto, médio e longo prazo.

Faz mais de uma semana nosso grupo de organizações e de plataformas se reúne com frequência com o objetivo de fazer frente a esta nova situação definindo novas estratégias e implementando novas maneiras de trabalhar. Assim, nós, os responsáveis das organizações e plataformas que assinamos esta carta, depois de vários encontros para analisar a nova situação e definir estratégias comuns adotamos uma posição baseada nos seguintes eixos:

- Contribuir para preservar os principais êxitos dos movimentos sociais e populares haitianos ameaçados pela nova situação;

- Contribuir na resposta às necessidades urgentes da população organizando centros de serviços comunitários capazes de responder de forma adequada às seguintes necessidades: alimentação, atenção a saúde primária, assistência médica e psicológica em resposta aos traumas sofridos no momento do terremoto;

- Aproveitar o fato de que os grandes meios de comunicação olham nosso país para difundir uma imagem diferente da projetada pela forças imperialistas;


- Implementar novas formas de atuar que permitam superar a atomização e a dispersão que constituem uma das principais debilidades de nossas organizações. Este processo de aproximação deve se constituir com a estruturação de um espaço comum que possa acolher provisoriamente nossas seis equipes que continuam trabalhando de modo autônomo uma vez que implementaram mecanismos permanentes de intercâmbios e de trabalhos mutualizados. Estaremos atentos em fazer prevalecer um enfoque coletivo na busca de respostas comuns a nossos problemas na construção de uma alternativa democrática popular efetiva e viável.



Quanto à situação de urgência, estamos instalando centros de serviços. Um de nossos centros já implementado e em operação acolhe 300 pessoas que recebem comida duas vezes ao dia e estão protegidas sob tendas.


oferece também consultas médicas e acompanhamento psicológico. Estes serviços são também proporcionados as pessoas que moram nos campos de refugiados na região. No centro da avenida Popupelard funciona graças ao apoio de profissionais haitianos (médicos, enfermeiros, psicólogos, trabalhadores sociais) apoiados por médicos alemães da organização de socorro Cabo Anamur. Tratamos de instalar centros similares em outros bairros da região metropolitana duramente afetadas pelo terremoto nos quais não existe nenhuma oferta de serviços dessa natureza. Instalaremos 4 nos bairros de Carrefour (Martissant, Fontamara) e de Gressier. Contamos com a solidariedade de todos nossos colaboradores para assegurarmos um funcionamento eficiente.


Ao mesmo tempo, nossas 2 plataformas e 4 organizações instalaram um ponto focal de encontros e de coordenação no local de FIDES-Haïti. Estamos dispostos a acolher nesse espaços novas plataformas e organizações do movimento democrático popular. Comprometemo-nos em mobilizar os diferentes componentes desse movimento para ampliar os esforços para socorrer aos sobreviventes e, de outro lado, para formular um plano comum para a reabilitação de nossas instituições e organizações. Apresentaremos esse plano e os projetos concretos que o acompanham brevemente.


A ajuda urgente da qual participamos é alternativa e temos a intenção de desenvolver um trabalho de denúncia das praticas tradicionais em matéria de intervenções humanitárias, as quais não respeitam a dignidade das vítimas e se inscrevem no marco de um processo de fortalecimento de nossa dependência. Lutamos por uma ajuda humanitária adaptada e respeitosa a nossa cultura e de nosso entorno e que não destrua as construções de economia solidária elaboradas faz várias décadas pelas organizações de base com as quais trabalhamos.

Para terminar queremos saudar, a extraordinária generosidade da opinião publica mundial manifestada pelo drama que vivemos. Somos gratos e acreditamos que é o momento de construir um novo olhar sobre o nosso país que permita construir uma solidariedade autêntica livre dos reflexos paternalistas de piedade e inferiorizarão. Deveríamos trabalhar para manter esta vigorosa solidariedade para além da excitação midiática. A resposta à crise demonstra que em certas situações os povos do mundo são capazes de ir para além das leituras superficiais e estereotipadas de corte sensacionalista.

A ajuda humanitária massiva é hoje indispensável dada a amplitude da catástrofe, mas deve ser estruturante articulando-se com uma visão diferente do processo de reconstrução. Deve romper com os paradigmas que dominam os circuitos tradicionais da ajuda internacional. Desejaríamos ver nascer brigadas internacionalistas de solidariedade que trabalhariam junto com as nossas organizações na luta pela realização de uma reforma agrária e de uma reforma territorial urbana integrada à luta contra o analfabetismo e para repovoação florestal, na edificação de novos sistemas educativos e de saúde universais, descentralizados e modernos.

Devemos também proclamar nossa cólera e nossa indignação frente à utilização da crise haitiana para justificar uma nova invasão de 20 mil marines norte americana. Denunciamos o que pode converter-se em uma nova ocupação militar, a terceira de nossa historia por tropas norte-americanas. Inscreve-se obviamente na estratégia de remilitarização do Caribe no marco da resposta do imperialismo a rebelião crescente dos Povos do continente frente à mundialização neoliberal.

Inscreve-se também em uma estratégia de guerra preventiva frente a uma insurreição eventual e social que viria de um Povo esmagado pela miséria em que se encontra em uma situação de desespero. Denunciamos o modelo aplicado pelo Governo norte-americano e a resposta militar frente a uma trágica crise humanitária. Ao se apoderar do aeroporto Toussaint Louverture e de outras infra-instrutoras estratégicas do país, privaram ao Povo haitiano de uma parte das contribuições que vinham do CARICOM, da Venezuela e de alguns países europeus. Denunciamos o método aplicado e não aceitamos que o nosso país seja transformado em uma base militar.

Nós, dirigentes das organizações e das plataformas iniciadoras dessa gestão, escrevemos-lhes hoje para transmitir nossa primeira analise da situação. Estamos convencidos que vocês – como já têm demonstrado – continuarão acompanhando nosso trabalho e nossa luta no marco da construção de uma alternativa nacional, que será fonte do renascimento de nosso país golpeado por uma catástrofe horrível e que lutará para sair do ciclo da dependência.


Porto Príncipe, 27 de janeiro de 2010.



pelo Comitê de coordenação:


Sony Estéus - Diretor SAKS

Camille Chalmers - Diretor PAPDA

Marie Carmelle Fils-Aimé – Officier de Programme ICKL

Pelas organizações e plataformas que participam dessa iniciativa:


Marc Arthur Fils-Aimé, Institut Culturel Karl Léveque (ICKL)


Maxime J. Rony, Programme alternatif de Justice (PAJ)


Sony Estéus, Sosyete Animasyon ak Kominikasyon Sosyal (SAKS)


Chenet Jean Baptiste, Institut de Technologie et d’animation (ITECA)

Antonal Mortimé, Plataforma de Organizações Haitianas de Direitos Humanos (POHDH) que agrupa: Justice et Paix (JILAP), Centre de recherches Sociales et de Formation pour le Développement (CRESFED), Groupe Assistance Juridique (GAJ), Institut Culturel Karl Léveque (ICKL), Programme pour une Alternative de Justice (PAJ), Sant Karl Lévèque (SKL), Réseau National de Défense des Droits Humains (RNDDH), Conférence haïtienne des Religieux (CORAL-CHR)


Camille Chalmers, Plataforma haitiana de Advocacia por Desenvolvimento Alternativo (PAPDA) que agrupa : Institut de Technologie et d’animation (ITECA), Solidarite Fanm Ayisyèn (SOFA), Centre de Recherches Actions pour le Développement (CRAD), Mouvaman Inite Ti Peyizan Latibonit (MITPA), Institut Culturel Karl Léveque (ICKL), Association Nationale des Agroprofessionnels Haïtiens (ANDAH).