sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Cartas do Haiti

No sexto dia, Eduardo Almeida visita comunidades de camponeses exploradas pela empresa que produz o licor Contreau e descobre a mística da união entre os trabalhadores.

Direto do Haiti, em San Rafael, duas horas de carro de Le Cap. Estamos em uma das passagens para a planície central do Haiti, uma zona usada pelos escravos na revolução como zona de refúgio. Hoje, San Rafael é centro de toda uma área de terras ocupadas por camponeses já há mais de vinte anos, com inúmeras lutas e prisões. Reúnem cinqüenta mil pessoas, em cinco comunidades, sob a direção de Batay Ouvriyé (Batalha Operária). Nesse momento um de seus líderes, Elio Pierre, está preso há seis meses.

Sou recebido pela coordenação das cinco comunidades. A reunião é debaixo de uma grande árvore. Sombra garantida em um dia quente. Era para ter umas vinte pessoas, mas aos poucos vão se juntando os ativistas que estavam por ali. No final, estão sentados comigo quase cinqüenta camponeses.

O primeiro fala com voz mansa como a luta pela terra começou junto com a revolução. Toussaint Loverture foi o general da independência, mas era também o representante das novas classes dominantes negras. A referência histórica de muitos por aqui era Moisi, um dos generais da libertação, o dirigente dos cimarrons , os quilombolas daqui, escravos fugidos que formavam comunas no interior. Moisi terminou sendo morto pelo próprio Toussaint, mas a luta seguiu desde então, até os dias de hoje.
Outro conta a luta deles em Guacimal em 2002. A Cointreau, multinacional francesa, planta aqui as laranjas amargas com que faz um de seus licores mais famosos. Os trabalhadores são operários por seis meses (colhendo as laranjas e semeando novamente), e camponeses pelos outros seis meses. Nesse segundo período, trabalham nas mesmas terras para sua própria subsistência. A multinacional impôs que lhe dessem a metade de sua produção como camponeses.

Houve então uma luta duríssima, que durou vários meses, com muitos presos. Em um dos enfrentamentos morreram dois trabalhadores, Ipharés Guerrier e Fransilyen Eximé. A multinacional só recuou quando os mesmos camponeses, já transformados em operários se recusaram a colher a laranja da safra seguinte. A vitória de Guacimal ajudou a organizar as outras ocupações, e até hoje os mortos são reverenciados.
Eles contam como os latifundiários estão se organizando de novo para tentar tomar suas terras de volta, agora ajudados pela Minustah. Existe um tom de revolta ancestral, secular nessas vozes. Quando um fala, outro apóia, terminam quase num coro. Deram sua vida pelas terras que ocupam, e vão seguir dando. Senti de perto o pulso da história, o hálito da revolução nesses camponeses simples, sentados em volta de uma velha árvore.

Me escutam atentamente quando lhes falo como Lula está ampliando o agronegócio no Brasil, e não faz nada pela reforma agrária. Como engana os trabalhadores brasileiros com o papel “humanitário” da Minustah. Ficaram alegres quando lhes propus uma luta comum contra a Minustah e o apoio à luta pela libertação de Elio Pierre.

No final, uma cena bem semelhante às do MST no Brasil. Vários deles trouxeram uma grande pedra para o meio da roda. Um de seus líderes pediu que um dos presentes tentasse erguer a pedra. Vários tentaram sem conseguir, por seu peso enorme. Sugeriu então que dois tentassem. Conseguiram, com muito esforço. Depois, quatro pessoas- eu inclusive- levantaram a pedra com facilidade.

O coordenador falou então para mostrar como só podiam ser vitoriosos se estivessem juntos, e que mesmo a prisão de Elio Pierre poderia ter sido evitada se a reação fosse mais forte. Não falava à toa. Eles já tiraram da prisão na marra a vários de seus líderes. A lição serve para trabalhadores de distintos países, como o Brasil e Haiti.


Fonte:
www.conlutas.org.br

Alma Africana

Prezados camaradas, este vídeo mostra uma parte da arte africana em diversos aspectos e formas, a Exposição "Alma Africana" que acontece em Lisboa-Portugal, é importante pois ressalta a diversidade dos povos que compõem todo continente.
Vale muito ver, são apenas 3 minutos.

Abraço.

http://www.youtube.com/watch?v=Mh__Pztb2SE


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Toussaint L'Ouverture um dos líderes da Revolução Haitiana por Jacob Lawrence





General Toussaint L'Overture, 1986
silkscreen on 2-ply rag paper
28 3/8 x 18 1/2 inches
Courtesy of the DC Moore Gallery, Inc
New York, NY

sábado, 12 de dezembro de 2009

Enquanto isso no Haiti...

Haiti Libre!

Más 400 militares brasileños acompañados de policiás haitianos atacaron a la madrugada un Barrio de Cité Soleil -llamado Bois Neuf- provocando, según cifras oficiales, 9 muertos. Pero testigos de la barbarie afirmaron que las personas asesinadas superaron la cifra de 20 y las heridas la de 80. Entre ellas aparecieron cadáveres de varios niños. Ese ataque, que duró varias horas, se realizó con blindados, fusiles automáticos de gran poder, helicópteros, etc., causando una verdadera tragedia entre los 300.000 habitantes de Cité Soleil, quienes viven en casitas de cartón, chapas, etc. Fue un ataque contra los más pobres de los pobres haitianos, bajo el falaz argumento o pretexto de eliminar a un grupo de bandidos que viven del secuestro.

Las tropas de la MINUSTAH "ganándose" el corazon de los haitianos


Fenómeno que, curiosamente, luego de 2 años de permanencia de la MINUSTAH (Misión de las Naciones Unidas para la Estabilización de Haití) dirigida militarmente por Brasil, se transformó, sobre todo en los últimos meses del año 2006, en la industria más próspera que funciona en Haití. Toda una realidad que demuestra claramente la inoperancia de esa fuerza de ocupación.

Cabe recordar que desde su imposición en junio de 2004, los pobres en Haití manifestaron su rechazo a la presencia de la MINUSTAH. Y en los últimos meses del año que acaba de terminar con ese nuevo baño de sangre entre los condenados de nuestra tierra, dicho rechazo se transformó en una constante de la vida política del país. La única respuesta hasta ahora ofrecida por esos serviles del imperialismo norteamericano ha sido: PLOMO Y MÁS PLOMO. Así piensan que pueden seguir ocupando nuestro país imitando los ejemplos de sus jefes en Irak. Así también piensan proyectarse como país emergente o potencia emergente capaz de manejar una crisis utilizando los mismos mecanismos empleados por el máximo terrorista del mundo, George W. Bush. Con esos méritos o certificados de asesinos a sueldo, los dirigentes brasileños aspiran a obtener un puesto permanente en el Consejo de seguridad de la ONU.

Sin duda alguna, la supuesta imagen de progresista que los partidarios del presidente Lula le colocan, cae en mil pedazos ante tales hechos propios de un fascista. En este sentido, cabe a los verdaderos progresistas brasileños pronunciarse al respecto acompañando al pueblo haitiano en su exigencia de RETIRO INMEDIATO DE LA MINUSTAH. Pues nadie puede ufanarse de progresista asesinando a pobres y niños de otro país, violando la soberanía de otro país e ignorando el derecho a la autodeterminación de otro pueblo para satisfacer intereses mezquinos y viles y obedeciendo ciegamente al imperialismo norteamericano.

Se trata de una respuesta urgente, ya que evitará más muertes y, al mismo tiempo, demostrará con hechos y no sólo con lindos discursos que la solidaridad no puede ser selectiva. Una solidaridad que los primeros dirigentes de nuestro país como Dessalines y Pétion ofrecieron generosamente a Miranda, Bolívar y tantos otros. Invitamos a los dirigentes brasileños a revisar más a fondo la verdadera historia de nuestra región, pues allí, sin duda alguna, encontrarán datos sorprendentes capaces de ayudarles a profesar un mínimo de respeto hacia el pueblo haitiano. En nombre de ese internacionalismo revolucionario -prácticamente inimaginable para la época- desplegado por los haitianos luego de la proclamación de nuestra Independencia, exigimos el fin de las matanzas y el retiro inmediato de la MINUSTAH.



¡¡ABAJO LA OCUPACIÓN!!

¡¡FUERA LA MINSUTAH DE HAITÍ!!

¡¡VIVA LA LUCHA DEL PUEBLO HAITIANO!!

Henry Boisrolin
Coordinador del Comité Democrático Haitiano en Argentina

Força de paz?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Abaixo o extermínio em Pernambuco

Em Pernambuco a crise econômica tem tido grande impacto sobre a classe trabalhadora, apesar da ampla propaganda alardeando crescimento e desenvolvimento do estado. Recentemente o Dieese divulgou uma pesquisa mostrando que o desemprego aumentou na
região e hoje está em 19,5%, mesmo com a instalação de várias empresas através do projeto de Suape (Perdigão,Sadia, estaleiro Atlântico Sul, refinaria) e em outra partes do estado.

O índice de assassinatos de jovens negros, de mulheres e homossexuais no estado é alarmante em Pernambuco, 171 mulheres e 28 homossexuais foram mortos de janeiro a setembro de 2009. O pacto pela vida, principal projeto político de segurança do estado, não responde à violência contra a classe trabalhadora e os setores oprimidos.
Negros e negras representam as maiores vítimas da violência, do desemprego
e da miséria, com a maior parte morando em favelas do Recife.

Todos esses fatores combinados fazem com estes setores busquem uma alternativa e respostas às suas reivindicações. O MNU, a UNEGRO e as ONGs abandonaram as principais reivindicações dos negros e negras no estado. Hoje estão em cargos nas estruturas das Prefeituras do PT e do PCdoB e do governo estadual e por isso não podem desenvolver uma luta conseqüente contra os governos. Isto mostra a necessidade
de construirmos nova direção para o movimento, para colocar na ordem do dia as lutas do povo negro. Precisamos lutar contra o desemprego e contra a violência que extermina negros e negras do estado. Para isto precisamos fortalecer
o movimento Quilombo Raça e Classe no estado.

Obama e a crise do capitalismo

Obama repetiu Bush e preferiu ajudar as empresas, com ajudas bilionárias, que, se investidas globalmente, seriam o maior plano de combate à fome já visto no mundo. Essa ajuda foi para bancos e empresas, que mantiveram seus lucros e os ganhos dos executivos.

Pior do que isso, Obama salvou empresas como a General Motors e exigiu que estas se reestruturassem. Isso, na prática, significou a demissão de milhares de trabalhadores e os ataques a seus direitos históricos. Obama governa como os outros
presidentes dos Estados Unidos, contra os trabalhadores e o povo negro, incluindo
os 46 milhões de trabalhadores norte-americanos sem acesso à saúde.

" LULA, É UM CRIME MANTER AS
TROPAS BRASILEIRAS NO HAITI!
OBAMA E A CRISE DO CAPITALISMO "

Há décadas, o Haiti tem sofrido com retaliações e incontáveis intervenções militares. Desde 1914, quando os fuzileiros dos EUA roubaram as riquezas do país, passando pela famigerada ditadura de PapaDoc e BabyDoc, marcada por corrupção, conivência com os órgãos mundiais e crimes de Estado sobre a população mais pobre da América Central. No dia 16 de setembro deste ano, o Brasil completou cinco anos de ocupação,que violenta a soberania e os direitos humanos, para proteger os patrões e as maquiladoras, que exploram a mão de obra haitiana, com 90% de mulheres negras.

O Quilombo Raça e Classe - Conlutas e o Jubileu Sul vem a público denunciar o Plano Hope – que permite a implantação de empresas brasileiras no Haiti, e a exportação de roupas sem impostos diretamente aos EUA. Ou seja, implanta mais fábricas de tecidos que superexploram mulheres negras por salários miseráveis e sem nenhum direito trabalhista, para lucros de empresas como a Coteminas, do vice-presidente José Alencar.

A Minustah – nome da missão que reúne as tropas da ONU - prendeu dezenas de ativistas e viola os direitos da Constituição haitiana. Hoje os trabalhadores
haitianos estão lutando contra os planos de exploração da burguesia local e
internacional que exploram com um dos menores salários do mundo. A falsa “missão de paz” é formada por tropas que intimidam, estupram mulheres negras, roubam e matam.

Enquanto isso, o atual presidente do Haiti, René Preval, mantém apoio às tropas, faz
privatizações e rebaixa o salário mínimo, contra um povo que tem luz por algumas
horas por dia, não tem acesso à água e nem transporte. O governo haitiano submete o país aos interesses dos planos do FMI, o qual exige o pagamento da divida externa em
detrimento da miséria e da fome da população.Ou seja, as tropas de Lula aceitaram
fazer o trabalho imoral no lugar dos EUA e de seus soldados que, há anos, estão atolados no Iraque e no Afeganistão.

* Pela retirada das tropas da ONU - brasileiras e estrangeiras - do Haiti!

* Por um plano de obras públicas para o povo haitiano (escolas, hospitais e saneamento básico, companhia pública de água e de transporte para os estudantes
e o povo pobre) Obama assumiu o governo dos EUA em meio à maior crise econômica desde
1929 e diante da crise do governo Bush. Foi eleito com palavras como “mudança”
e “esperança” e representando a novidade, ainda mais como um político negro
e de rosto novo. Tudo isso serviu para despertar ilusões entre os negros dos Estados
Unidos, de que a sua vitória representaria uma melhoria em suas vidas.
Essa ilusão se espalhou pelo mundo, e pode ser vista também em parte do movimento
negro brasileiro.A verdade é que Obama não vai significar o fim do racismo. Justamente porque ele está à frente dos Estados Unidos, o país mais poderoso do planeta,imperialista, que precisava de uma nova face, para continuar fazendo o mesmo.
As primeiras ações de Obama ajudam a identificar a natureza de seu governo.
Na 3ª Conferência Mundial contra o racismo, os países ricos, com Obama, não
reconheceram os crimes sobre o trabalho escravo de africanos e afro-descendentes.
Os EUA, a maior nação multiracial, se negaram a reconhecer estes crimes como
passíveis de serem julgados. Seu governo continua agindo como potência militar, e aumentou a quantidade de soldados no Afeganistão, mantendo uma ocupação absurda, que já dura quase uma década. Nessas guerras, os EUA usam jovens negros e latinos,
para morrem em seu nome. A crise econômica revelou a face do governo democrata. A crise que Obama tem diante de si não é passageira e afeta a todos especialmente os mais pobres, os negros e latinos, que perdem suas casas e empregos. A crise já eliminou 4,5 milhões de empregos nos EUA e cerca de 2,5 milhões de famílias perderam suas casas. Em vez de ajudar os trabalhadores, impedindo que percam suas casas e seus salários, Obama repetiu Bush e preferiu ajudar as empresas, com ajudas bilionárias, que, se investidas globalmente, seriam o maior plano de combate à fome já visto no mundo. Essa ajuda foi para bancos e empresas, que mantiveram seus lucros e os ganhos dos executivos.

Pior do que isso, Obama salvou empresas como a General Motors e exigiu que estas se reestruturassem. Isso, na prática, significou a demissão de milhares de trabalhadores e os ataques a seus direitos históricos. Obama governa como os outros
presidentes dos Estados Unidos, contra os trabalhadores e o povo negro, incluindo
os 46 milhões de trabalhadores norte-americanos sem acesso à saúde.

www.conlutas.org.br http://quilomboracaeclasse.blogspot.com
www.conlutas.org.br
hbtlotgps:/p/oqtu.ciloomm boracaeclasse.

Avance Quilombo Raça e Classe

NEM TROPAS NO HAITI E NEM TROPAS NAS COMUNIDADES POBRES

Diante das traições das antigas direções do movimento negro, está colocado para o Movimento Quilombo Raça e Classe da Conlutas, a construção de uma nova direção para o movimento negro brasileiro, trazendo uma concepção revolucionária na luta sindical, popular e da juventude negra. Temos um grande desafio: apresentarse
como alternativa de organização política nas cidades e no campo, pautando-se pela independência diante dos governos e patrões, sob uma perspectiva socialista e
revolucionária. E buscando trazer para o campo da nossa luta sindical e popular, inúmeros setores que hoje na prática fizeram experiências concretas com o governo
Lula e com as direções conciliadoras do movimento negro.

O Quilombo Raça e Classe avança na medida em que grande parte das organizações do movimento sindical e popular e do movimento negro - como CUT, CTB, Conem, UNE e Unegro - referendam a frente popular e as traições do governo Lula. Nosso desafio é consolidar a nova central sindical, popular e estudantil onde os setores de negros e negras, mulheres e GLBTs sejam respeitados como parte integrante nos debates, na democracia operária, e nas decisões. Temos de garantir nossa participação e a democracia interna, estando representados nas instâncias deliberativas para que essa ferramenta da classe trabalhadora cumpra sua tarefa histórica de poder lutar por uma sociedade socialista, com democracia operária, sem explorados e sem exploradores.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Brasil tem dívida histórica com quilombolas, diz presidente do Incra

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, disse que a titulação de 30 áreas quilombolas, nesta sexta-feira em Salvador, é o resgate de uma dívida histórica que o Estado tem com essas comunidades. A declaração foi feita em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Os decretos serão assinados pelo presidente Luiz inácio Lula da Silva na Praça Castro Alves, na capital baiana, durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra.

Segundo Rolf, viabilizar a titulação dessas áreas é como fornecer às famílias a carteira de identidade da terra. Para ele, o processo vai facilitar o acesso dos quilombolas a políticas públicas básicas, como educação, concessão de crédito e saúde.

"Embora todo cidadão tenha esses direitos garantidos na Constituição e nas leis, a titulação das terras lhes dará mais garantias e resgatará uma dívida histórica do brasileiro para com as comunidades. Essa é a importância do título", afirmou.

O presidente do Incra lembrou que a realização de um estudo antropológico das comunidades tem o objetivo de conservar as características culturais. "O que determina a legislação, a Constituição, é que essas áreas devem ser garantidas e tituladas para que se preserve e recupere os aspectos culturais, econômicos e religiosos. Então, fazemos um estudo antropológico, que é para identificar a origem dessas famílias, em que áreas viviam, para verificar se ela caracteriza-se como um quilombo."


Fonte: ABr (Agência Brasil) e retirado do blog limiaretransformacao.blogspot.com

sábado, 29 de agosto de 2009

Não a repressão! Fora Minustah do Haiti!

Advogado de diretos humanos sofre atentado no Haiti!



Advogado de estudantes presos por missão das Nações Unidas sofre atentado

Repressão é comandada por forças de pacificação da ONU, lideradas pelo Brasil;

Estudantes presos protestavam pela lei de reajuste no salário mínimo
24/09/2009

Tatiana Lotierzo
Campanha Latino Americana pelo Direito à Educação - Clade


Patrice Florvilus, advogado e ativista de direitos humanos, foi vítima de um atentado no dia 14 de agosto. Ele vinha recebendo ameaças de pessoas não-identificadas desde o dia 10, quando se comprometeu a defender legalmente, junto aos tribunais haitianos, cinco estudantes presos injustamente pela polícia e pela Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) na segunda semana do mês. Em comunicado público, ele explica a grave situação de seu país, que culminou na prisão dos jovens.

Os estudantes presos protestavam devido à não promulgação da lei que determina um reajuste no salário mínimo. A lei foi aprovada em abril de 2009 pelo Congresso Nacional, mas até agora não foi publicada oficialmente pelo governo haitiano. Os protestos contra a atitude do governo não são um fato recente no país, assim como a repressão contra os manifestantes. “Já nos meses de maio e junho, a polícia e a MINUSTAH intervieram violentamente para reprimir manifestações estudantis, chegando ao extremo de violar os prédios da Faculdade de Medicina, o que é proibido pela Constituição”, diz o comunicado. Também foram atacadas as faculdades de Ciências Humanas, Etnologia e a Escola Nacional de Normalistas, que forma professores e professoras para o ensino fundamental.

Desde o início dos conflitos, Florvilus vem denunciando as violações aos direitos humanos e apoiando as pessoas detidas, tanto através da mídia, como no Palácio da Justiça. Na sexta-feira, dia 14, quando voltava do Palácio da Justiça e do escritório do procurador do governo, o advogado e as pessoas que o acompanhavam foram surpreendidos com um ataque inesperado. “Acredito que seja um ato de intimidação contra a luta a favor do direito de protestar e a luta pela descriminalização dos movimentos sociais”, declara. No dia 18 de agosto, três dos estudantes foram liberados depois de uma investigação e da ação judicial. O advogado tentou obter um habeas corpus, mas sem resultados concretos.

“O povo haitiano necessita do apoio de todos e todas para ajudá-lo nesse momento bastante difícil em sua historia. Entendo que, em nível regional, em toda América Latina, podemos gerar uma força midiática de denúncia dessa situação, já não tanto por minha segurança pessoal, mas sim pela própria luta dos e das estudantes no Haiti. São urgentes as ações de denúncia pública”, declara Florvilus, no comunicado.
Diante do aumento da repressão ao povo haitiano, está sendo realizada uma campanha internacional de repúdio à repressão e de exigência pela retirada imediata das tropas da ONU naquele país, encabeçada pelas tropas brasileiras.

Assine a moção abaixo:

As Entidades Sindicais, do Movimento Estudantil e Popular, parlamentares e personalidades políticas vêem, por meio desta moção, repudiar veementemente o crescimento vertiginoso da repressão contra o heróico povo do Haiti, desferidas pelas Tropas de Ocupação da ONU, chefiadas pelo Exército brasileiro.

Nos últimos dias as justas manifestações pelo reajuste do salário mínimo, que é o menor do Continente Americano, foram duramente reprimidas pela Minustah, nome dado as tropas de ocupação naquele país.

Já existem dezenas de presos e feridos, especialmente as lideranças das manifestações, com destaque para dirigentes do movimento estudantil haitiano, que estão sendo agredidos e detidos dentro do Campus Universitário.

Da mesma forma, responsabilizamos o Governo brasileiro por estas ações inaceitáveis, que ferem a Soberania Nacional do Haiti e revelam a verdadeira natureza da ocupação militar daquele país – reprimir violentamente as manifestações dos trabalhadores, dos estudantes e do povo pobre haitiano pelo seu direito a autodeterminação e atendimento de suas justas reivindicações.

Intensificaremos no Brasil as ações da campanha de exigência ao Governo Lula de retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti.

São Paulo, 19 de agosto de 2009.

Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS

As mensagens podem ser encaminhadas para os endereços abaixo:

1- Ministério das Relações Exteriores
celsoamorim@mre.gov.br
jmaia@mre.gov.br

2- Coordenação Nacional de Lutas – CONLUTAS: secretaria@conlutas.org.br
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Festival de Cinema Haitiano

Haïti/Cinéma : Festival du film d’Haïti, première !

mercredi 19 août 2009

P-au-P, 19 août 09 [AlterPresse] --- L’Association haïtienne des cinéastes (Ahc) inaugure, ce 20 août 2009, la première édition du « Festival du film d’Haïti » qui se déroule dans les salles du Ciné Impérial à Delmas (municipalité au nord-est de la capitale), d’après le programme dont a pris connaissance l’agence en ligne AlterPresse.

Une quinzaine de films, triés sur le volet, seront projetés à l’occasion de ce grand événement qui ne manquera pas de mettre à l’honneur des talents confirmés du septième art en Haïti, explique Claude Mancuso, président de l’Ahc.

En quatre jours, soit du 20 au 23 août, les cinéphiles de la capitale Port-au-Prince pourront voir ces films, dont des documentaires, des courts et longs métrages, ajoute Kharméliaud Moïse, vice-président de l’Association haïtienne des cinéastes.

Les productions cinématographiques sélectionnées pour la circonstance sont l’œuvre de créateurs haïtiens évoluant en Haïti et à l’étranger.

« Chimen pasyon » et « Les aventures du Boss de Djo » du réalisateur Kharméliaud Moïse, « Le Péché et le Pardon » de Carline Verrier, « El Maestro » de Frantz Voltaire, « Une petite rivière… Un grand avenir » et « Anse-à-Veau, l’Héritage d’Acaau » de Réginald Chevalier, sont notamment à l’affiche du Festival, a appris AlterPresse.

Le public de Port-au-Prince aura également l’occasion de découvrir « San Papye », un film de Hans Patrick Domerçant, qui raconte l’histoire d’un professionnel haïtien immigrant aux Etats-Unis d’Amérique face à la dure réalité de son statut de sans papier.

L’Impérial menacé

Ce festival a été conçu il y a trois semaines, à l’annonce de la fermeture prochaine de la dernière salle de cinéma qui existe à Port-au-Prince, le Ciné Impérial, précise le président de l’Association haïtienne des cinéastes.

« Il y a eu dans le passé près de 28 salles de cinéma à Port-au-Prince. Nous sommes réduits à une seule salle qui va peut-être fermer à la fin du mois », déplore Claude Mancuso, qui demande aux propriétaires d’anciennes salles de cinéma de les rouvrir.

La première édition du « Festival du film d’Haïti » se propose de braquer les projecteurs sur la production cinématographique actuelle en vue de sensibiliser les créateurs, la société civile et les gouvernants sur l’importance d’une véritable industrie du film en Haïti, selon les organisateurs.

A l’avenir, ce festival pourrait s’étendre sur plusieurs villes haïtiennes, selon les intentions des initiateurs. [do mm apr 19/08/2009 17 :30]

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Dans la même rubrique :

> Le secrétaire général du COE arrive en Haiti ce 4 aout

> Haïti : Le gouvernement condamne les propos discriminatoires d’une fonctionnaire onusienne

> Haiti : Nouvelle hausse des prix à la veille de la prise de fonction de René Préval

> Nations Unies : Cinq millions de chômeurs supplémentaires dans le monde en 2008

> Haiti à la présidence du Conseil économique et social des Nations Unies

> Haïti/Etats-Unis d’Amérique : La conférence mondiale des maires exige de meilleurs traitements pour les migrants

> Haïti : Décès du célèbre footballeur Emmanuel ‘Manno’ Sanon

> Haïti/Caraïbes/Cyclone : L’Union européenne débloque 2 millions d’euros pour les victimes de Gustav

> Haiti : Préval prêtera serment le 14 mai 2006

> Bolivie : Le Sommet Social des Peuples se prononce contre « les accords de la mort », la privatisation, les bases militaires et la MINUSTAH


Fonte: www.alterpresse.org

domingo, 23 de agosto de 2009

Soliedariedade com movimento de estudantes do Haiti

Haiti-Salario minimo : Sectores puertoriquenos se solidarizan con movimiento estudiantes

Viernes 12 de junio de 2009

Nota del Comité de Solidaridad con el pueblo de Haití en Puerto Rico y la organización Red de Esperanza y Solidaridad de la Diócesis de Caguas

Documento transmitido a AlterPresse el 12 de junio de 2009

El Comité de Solidaridad con el pueblo de Haití en Puerto Rico y la organización Red de Esperanza y Solidaridad de la Diócesis de Caguas repudian la represión de la policía haitiana y la MINUSTAH contra estudiantes de la Facultad de Ciencias Humanas.

Sabemos que el pueblo de Haití tiene derecho a vivir una vida digna, saliendo de la condición de pobreza e injusticia en la que se encuentra la mayoría.

Exigimos a las autoridades se realizen las investigaciones correspondientes y se haga justicia a los responsables de tanto atropello.

Expresamos nuestra solidaridad con los estudiantes, sus familias y con todo nuestro querido pueblo de Haití.

Solidariamente,
Lucy Magali Millán Ferrer
Coordinadora

Fonte : www.alterpresse.org

Vídeo Haiti

Prezados camaradas,
Assistam esse vídeo realizado por entidade de Direitos Humanos do Haiti.


http://www.youtube.com/watch?v=mFyCsDU964I


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

REPRESSÃO BRASILEIRA AUMENTA NO HAITI

Estudantes e operários estão presos em condições desumanas por terem participado de passeata pelo aumento do salário mínimo.

Por
*Franck Séguy


A repressão burguesa no Haiti está se fortalecendo ao longo das semanas. O Brasil dos ricos, das empresas que precisam da mão-de-obra haitiana barata está fazendo tudo que pode para manter a sua neocolonização no Haiti. O seu braço armado - a Minustah - rouba, estupra, mata ... tendo a total garantia de imunidade.

Apenas durante esta semana, 14 pessoas foram presas. Guerchang Bastia, 21 anos, estudante em sociologia, membro da ASID (Associação universitária Dessaliniana), Patrick Joseph, 36 anos, membro do KRD (Comitê para o fortalecimento do bairro de Duvivier), e 8 operários foram presos por terem participado de uma manifestação operária no dia 10/08 a favor da publicação da lei sobre o reajuste salarial de 200 gourdes (42 gourdes = 1 dólar).

Dois dias depois, quarta-feira (12/08) Edouard Edwight, membro da ASID foi prendido ao voltar do seu estágio para sua casa. Hérold César, estudante em comunicação, foi preso no momento em que era a caminho de ir à universidade. Joseph Valcin foi preso após ter sido asfixiado com gás lacrimogêneo por parte das tropas brasileiras e da policia haitiana, dentro da Faculdade das ciências humanas da Universidade estadual do Haiti.

Anne Lesperance, estudante em Serviço social, foi presa no mesmo dia 12 de agosto. Ela foi libertada após ter resistido à tentativa de estupro por parte das forças armadas.

É preciso uma campanha nacional no Brasil pela Liberdade imediata para os estudantes e operários presos. Livre direito de manifestação. Aumento imediato do salário. Fora as tropas estrangeiras do Haiti.

A nossa luta é internacional!


Mensagens de solidariedade ao povo haitiano e de repúdio à repressão podem ser encaminhadas para os endereços abaixo:

Plataforma das organizações haitianas de direitos humanos (POHDH)
pohdh@yahoo.fr

Rede nacional de defesa dos direitos humanos do Haiti
rnddh@rnddh.org

Comitê de advogados pelo respeito das liberdades individuais
carlihotline@yahoo.fr

Gabinete do Primeiro Ministro do Haiti
primature@list.primaturehaiti.org

Ofício de Proteção da Cidadania
opc-haiti@hotmail.com


COM CÓPIA PARA:
Alter Presse – alterpresse@medialternatif.org (www.alterpresse.org)
ASID – asiddesalin@yahoo.fr
Conlutas – conlutas@conlutas.org.br


É mais do que urgente mobilizarmos o mais breve possível e conscientizarmos o Brasil todo. Estamos contando com seu total apoio, camaradas.

*Franck Séguy é haitiano e militante da Asosyasyon Inivèsitè ak Inivèsitèz Desalinyèn (Asid) do Haiti.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Debate sobre a presença das tropas Brasileiras e da ONU no Haiti.

BASTA! 5 ANOS DE OCUPAÇÃO MILITAR!!


MESA :
Presença de Carole Pierre Paul-Jacob (SOBA- HAITI), com Ciro Garcia da Conlutas-RJ, representantes da Rede Jubileu Sul, do MST e da Via Campesina

Mediador : Julio Condaque –GT Negros e Negras da Conlutas e membro do MNU


- Carole Pierre Paul-Jacob, faz parte da delegação de haitianos que estão no país desde o dia 16 realizando atividade em diversas capitais brasileiras para relatar a luta do povo haitiano por um novo salário mínimo e denunciar o caráter repressor das tropas da ONU no país.



Dia : 24/06/2009-( Quarta – feira ) Horário : 18:30 hs
Local : auditório da UERJ –91 ( 9º andar)


No dia 24 de junho (quarta –feira ) a CONLUTAS,Jubileu Sul , Via Campesina e MST , o GT de Negras e Negros da Conlutas , o Movimento GT de Mulheres da Conlutas e outras entidades do movimento sindical e popular estará realizando um debate sobre a presença das tropas da ONU (MINUSTAH) no Haiti na UERJ –RJ no Auditório 91 /as 18:30hs.

A atividade que contará com a presença de Carole Pierre Paul-Jacob, da Solidariedade das Mulheres Haitianas (SOFA), representando dos movimentos sociais do Haiti, e faz parte da campanha pela imediata retirada das tropas brasileiras daquele país.

As tropas da ONU lideradas pelo governo brasileiro já completaram 5 anos de ocupação do Haiti e até agora já foram gastos mais de 3 bilhões de dólares sob o pretexto de garantir a paz no país caribenho. Etretanto, de acordo com denúncias das entidades dos movimentos social e sindical haitiano e brasileiro as “forças de paz” estão à serviço de proteger os interesses dos empresários e das multinacionais instaladas no país. São diversos os casos de desaparecimento de pessoas, de exploração de mão-de-obra infantil e de repressão violenta a greves e a mobilizações sindicais pela polícia local, referendada pelas tropas da Minustah.

O Haiti, ex-colônia francesa, é o país mais pobre do continente americano. Grande parte da sua população vive na mais absoluta pobreza sobrevivendo com menos de 1 dólar por dia e a expectativa de vida é de apenas 45 anos. Os trabalhadores haitianos sofrem com a extrema exploração e a repressão sindical imlementada pelas indústrias têxteis no país. O salário mínimo no Haiti hoje é um dos mais baixos do mundo e possui uma grande dívida externa herdada da época que o país era governado por ditadores.

Nos últimos dias, várias manifestações pelo reajuste do salário mínimo (congelado desde 2003) foram reprimidas violentamente pela MINUSTAH e pela Policia local com dezenas de mortos, feridos e presos, além da invasão por parte das tropas de faculdades e da Universidade.



Apoio : CONLUTAS, Jubileu Sul, MST, Via Campesina, DCE – UFRJ, SIMERJ, PSTU, MNU,SEPE,SINTUR.

domingo, 21 de junho de 2009

OS PANTERAS NEGRAS

PREZADOS CAMARADAS ESTE È UM DOCUMENTÀRIO SOBRE O PARTIDO DOS PANTERAS NEGRAS ORGANIZAÇÂO POLÌTICA NA QUAL SE CONSTITUIU AS AUTODEFESAS DOS NEGROS CONTRA A BURGUESIA RACISTA ESTADUNIDENSE

ABRAÇOS

http://www.youtube.com/watch?v=hWJW4G_p_Pg

Ativistas contra as tropas no Haiti

Brasil reafirma compromisso com Haiti; ativistas criticam tropas

Brasília, 17 jun (EFE).- O Governo brasileiro confirmou hoje que seu compromisso com a segurança e o desenvolvimento do Haiti é "de longo prazo", mas movimentos sociais deste país afirmam que a missão de paz da ONU liderada pelo Brasil funciona, na verdade, como uma força de ocupação.

As críticas ao trabalho da ONU no Haiti surgiram durante uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro. A sessão foi convocada com o propósito específico de analisar a atividade das tropas do Brasil que fazem parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

"O objetivo da missão (das Nações Unidas) é criar as condições e o clima de estabilidade necessários para permitir ao Haiti atrair investimentos e ações sociais", disse a chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Gilda Motta Santos Neves.

O Brasil mantém no Haiti 1,3 mil militares, dos quais 250 são engenheiros capacitados para a construção de todo tipo de infraestruturas.

Além disso, o país promove projetos de cooperação em diversas áreas, sobretudo no setor agrícola, com o objetivo de estimular o desenvolvimento da atividade e a produção de alimentos no Haiti.

"A Minustah tem dimensões múltiplas", que vão além da estrita função de segurança, declarou a diplomata brasileira, que lembrou que a força de paz é constituída por soldados de quase 50 países, 12 deles latino-americanos.

A atuação da Minustah, no entanto, tem sido alvo de críticas de representantes de movimentos sociais, tanto brasileiros como do próprio Haiti. Estes grupos consideraram a presença das tropas como uma "ocupação militar".

O haitiano Didier Dominique, membro da ONG Batay Ouvrier, participou da sessão no Senado brasileiro. Segundo o ativista, a presença de tropas estrangeiras em seu país é um "projeto imperialista burguês", que busca "silenciar" os movimentos sociais.

Ouvrier afirmou ainda que, com o apoio da ONU, grandes multinacionais já planejam se instalar no Haiti para se "aproveitarem da mão-de-obra barata" e criarem zonas livres de impostos.

Por sua vez, o senador brasileiro José Nery (PSOL) propôs que a comissão nomeie um grupo de parlamentares para que visite o Haiti e entre em "contato direto" com os soldados da Minustah, com os movimentos sociais e a própria "realidade do país".

A proposta foi aprovada e, em suas próximas sessões, a Comissão de Relações Exteriores do Senado designará os membros desse grupo e definirá a data da viagem.
• do UOL Notícias

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fora as tropas brasileiras do Haiti !

DIGA NÃO A VIOLÊNCIA RACISTA E IMPERIALISTA !


Todos os dias morrem negros e negras vítimas de violência racista e imperialista em todo mundo! A crise econômica tende a agravar cada vez mais essa situação.A vida de negros e negras vale pouco para os agentes do capitalismo.

No entanto o mesmo corpo negro que se move na dança nos batuques do mundo se diz presente nas lutas contra a exploração e a opressão e continua no Brasil e no Haiti.
O Haiti fez a única revolução vitoriosa de escravos na História da humanidade.Usaram os mesmos ideais de igualdade liberdade e fraternidade para conquistar a Idependência.

Tal ousadia foi e é inaceitável para a burguesia branca imperialista. Há décadas, o Haiti tem sofrido com retaliações e mais centenas de intervenções militares. Hoje, os trabalhadores haitianos estão lutando contra os planos de exploração que contam com a colaboração dos governos burgueses haitianos. No processo mais recente, o ex-presidente Jean Aristides foi deposto pelos EUA, porque não conseguiu controlar o mesmo povo que havia depositado nele as expectativas de lutar contra as Multinacionais que escravizam o povo negro.

Depois disto, foi colocado em seu lugar um governo provisório, sustentado pelas tropas estrangeiras da ONU. Bush deu a ordem e vários países, com o governo Brasileiro à frente, ocuparam o Haiti e passaram a reprimir e matar sua população. A falsa “missão de paz” é formada por tropas que intimidam, estupram mulheres negras, roubam e matam trabalhadores negros. Enquanto isto, o atual presidente do Haiti René Preval mantém dá apoio às tropas, faz privatizações e submete o país aos planos do FMI.

Ou seja, as tropas de Lula submeteram-se a fazer o trabalho imoral no lugar dos EUA seus soldados que, há anos, se sujam no lamaçal cavado por eles próprios no Iraque. A Conlutas organizou uma caravana ao Haiti .Uma boa parte dos membros do GT de negras e negros da Conlutas estava presente.

Ano passado o Haiti foi palco da mobilizações contra a fome .A população há décadas sem água ,sem luz cansada de comer bolachas de barro foi para a porta do palácio do governo exigir comida .Recebeu tiros e quatro mortes e vários feridos.Esse é o papel da ONU e do Brasil no Haiti! Atualmente o governo Bush foi derrotado e em seu lugar assumiu Barak Obama .Até agora não se pronunciou.Continuamos a exigir que Obama, retire as tropas do Haiti e cancele a dívida do país que sofreu com o furacão Katrina deixando várias vítimas que BUSH destinou somente 20 bilhões de Dolares e desviou com a catástrofe 100 bilhões de dólares que não chegaram para ajudar a reconstrução do Estado Sulista.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Lançamento do Jornal Quilombo Raça e Classe

Estamos lançando o JORNAL Quilombo Raça e Classe da Conlutas, pois a tarefa é construir meios e formas de superarmos o atual estágio de vida a que estão submetidos negras e negras. E a militância da Conlutas deve fazer todos os esforços possíveis e necessários no sentido de construir uma organização sólida, que dê respostas as demandas históricas e conjunturais da comunidade negra, inclusive o racismo, no país e no mundo.

Esse jornal Quilombo Raça e Classe da Conlutas, nasce com o objetivo de conclamar a todos os setores que estão dispostos a construir uma alternativa para o movimento negro, que conduza a uma luta sem tréguas contra o racismo, o capitalismo, o machismo, a homofobia, a intolerância cultural e religiosa e todo e qualquer tipo de opressão e exploração no Brasil e no mundo.

Sendo assim estamos concretizando a resolução do Primeiro Congresso de Negros e Negras, realizado no dia 04 de Novembro de 2007, que deu uma forma organizativa a Luta Racial, em prol da conscientização sobre raça e classe. É um espaço para que os militantes possam divulgar, denunciar e organizar as lutas no movimento negro e dos trabalhadores, movimentos populares do campo e cidades, movimento estudantil, escolas, juventude, mulheres e GLBTS.

Assim estaremos no país , construindo um diálogo com todos os setores da dispostos a lutar contra as políticas de reformas do governo Lula , tais como Previdenciária, Trabalhista , Sindical e Universitária , objetivando destruir a política neoliberal deste governo que tem servido unica e exclusivamente para atender os interesses dos setores da burguesia empresarial, financeira e industrial em âmbito nacional e internacional.




Memória do primeiro Encontro Nacional de Negros e Negras da CONLUTAS em São Gonçalo/RJ


A economia capitalista não responde a maioria dos trabalhadores no mundo somente o socialismo é a saída que estatização das empresas e bancos sobre o controle dos trabalhadores e o sistema capitalista não oferece bem estar a ninguém pelo contrário, a a burguesia financeira é a gerador da desordem mundial pelos ávidos desejos dos lucros.

Os Estados Unidos e no mundo onde colocaram um Negro liberal e da Classe Média, que não devemos ter nenhuma confiança no Governo Obama, que tenta salvar as empresas como GM e Chryler demitiram milhões. Está crise não é passageira segundo os economistas levará mais de 6anos e dizem que é pior que a crise de 1929, e dos dois maiores choques do petróleo (1954 e 74 ) , e já eliminou nos estados unidos 4,5 milhões de empregos, 2,5 de famílias perderam suas casas e o no mundo do trabalho afetam a todos os trabalhadores e a base da economia e do consumo nos grandes países do Reino Unidos, Itália, Espanha, Portugal, Japão, china e toda a América latina(J.OGlobo e Folha de S.Paulo fev.2009 ).


Ocorrem a eliminação de postos de trabalho como foi no Reino Unido 2.100 postos de
trabalho, Fiat demitiu 1.200 trabalhadores, refletem nas economias periféricas como América latina e especial o Brasil onde Lula mentiu dizendo que não afetaria o país, que seria uma marolina e hoje é um Tsunami setores automobilísticos, a mineração como a Vale de Itabira em Minas, e que são empresas que receberam dinheiro público (160 bilhões ) e foram as que mais demitiram . O caso da EMBRAER é gritante a covardia da patronal e do Governo que demitiu 4.270 trabalhadores e que é uma empresa privatizada onde funciona com dinheiro público do BNDES .


! Pela reintegração dos trabalhadores 4.270 demitidos ! Nós os negros e negras não vamos pagar pela crise por uma MP do governo LULA para garantir nossos empregos

! Abaixo o machismo e a discriminação as mulheres negras que são as primeiras a serem demitidas

! Estabilidade nós não temos mordomias e Reestatização da Embraer sob o controle dos trabalhadores e da população!!

terça-feira, 9 de junho de 2009